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Diploma:

Lei n.º 51/99

BO N.º:

29/1999

Publicado em:

1999.7.19

Página:

1523

  • Estabelece a licença especial para o exercício transitório de funções de magistrado judicial ou do Ministério na Região Administrativa Especial de Macau.
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  • Lei n.º 112/91 - Lei de Bases da Organização Judiciária de Macau.
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  • ÓRGÃOS JUDICIAIS - TRIBUNAIS - GABINETE DO PROCURADOR -
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    Lei n.º 51/99

    Estabelece a licença especial para o exercício transitório de funções de magistrado judicial ou do Ministério Público na Região Administrativa Especial de Macau.

    A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, para valer como lei geral da República, o seguinte:

    Artigo 1.º

    Definição e âmbito

    1 — A licença especial para o exercício transitório de funções de magistrado judicial ou do Ministério Público na Região Administrativa Especial de Macau pode ser concedida aos magistrados judiciais e do Ministério Público, por períodos de duração não superior a quatro anos, renováveis.

    2 — A licença especial visa possibilitar aquele exercício de funções na Região Administrativa Especial de Macau nos termos acordados entre o magistrado e a entidade competente e é requerida no órgão de gestão e disciplina que superintenda sobre o lugar do quadro em que se encontre definitivamente provido ou, na sua falta, sobre a respectiva categoria de origem.

    Artigo 2.º

    Requerimento da licença

    1 — No requerimento o magistrado fundamenta adequadamente o seu pedido e indica a duração da licença requerida.

    2 — No prazo de 30 dias após o início do exercício de funções na Região Administrativa Especial de Macau, ou a sua renovação, o magistrado envia ao respectivo órgão de gestão e disciplina da República Portuguesa documento comprovativo do efectivo exercício de funções, sob pena de caducidade da licença.

    Artigo 3.º

    Efeitos da licença

    A licença especial:

    a) Não determina abertura de vaga no lugar em que o magistrado se encontre definitivamente provido;

    b) Não determina abertura de vaga no lugar em que o magistrado se encontre provido a título precário, ou na respectiva função, quando a entidade competente, a requerimento, o autorize;

    c) Implica a perda total de remuneração, contando-se, porém, para todos os efeitos legais, como prestado o tempo da sua duração e efectivando-se os descontos a que haja lugar com base na remuneração da categoria das magistraturas portuguesas a cuja titularidade tenha direito no regresso;

    d) Mantém os benefícios da Assistência na Doença aos Servidores do Estado (ADSE) e dos Serviços Sociais do Ministério da Justiça (SSMJ) para o próprio magistrado e para os familiares dependentes, mediante a efectivação dos correspondentes descontos nos termos previstos na alínea anterior;

    e) Mantém o direito à nomeação para outros lugares nos termos da lei aplicável.

    Artigo 4.º

    Garantias do exercício de funções na Região Administrativa Especial de Macau

    Fica garantida ao magistrado que se mantenha em exercício de funções na Região Administrativa Especial de Macau a titularidade do lugar em que venha a ser definitivamente provido durante o período de duração da licença especial, sem necessidade de autorização do respectivo órgão de gestão e disciplina.

    Artigo 5.º

    Regresso às magistraturas portuguesas

    1 — O regresso às magistraturas portuguesas, ainda que em data anterior à do termo da licença, depende de requerimento do magistrado, dirigido ao órgão de gestão e disciplina que concedeu a licença e, quando seja o caso, à entidade que tenha autorizado a não abertura de vaga no lugar, ou função, que ocupava ou exercia a título precário, no qual faz prova da cessação do exercício de funções na Região Administrativa Especial de Macau.

    2 — O magistrado, no prazo máximo de 45 dias após a cessação do exercício de funções na Região Administrativa Especial de Macau, apresenta-se no lugar, ou na função, cuja vaga não tenha sido provida ou, quando não tenha mantido a titularidade, ainda que a título precário, de qualquer lugar ou função, considera-se na situação de disponibilidade.

    Artigo 6.º

    Disposição transitória

    1 — O disposto no presente diploma é aplicável, até 19 de Dezembro do corrente ano, aos magistrados que pretendam exercer funções de magistrado judicial ou do Ministério Público no território de Macau.

    2 — O disposto no artigo 4.º é aplicável aos magistrados em exercício de funções no território de Macau que se encontrem nomeados em regime de comissão de serviço, ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 18.º da Lei n.º 112/91, de 29 de Agosto, independentemente da licença especial referida no artigo 1.º

    Para ser publicada no Boletim Oficial de Macau.

    Aprovada em 20 de Maio de 1999.

    O Presidente da Assembleia da República, António de Almeida Santos.

    Promulgada em 2 de Junho de 1999.

    Publique-se.

    O Presidente da República, Jorge Sampaio.

    Referendada em 9 de Junho de 1999.

    O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres.

    (D.R. n.º 145, I Série-A, de 24 de Junho de 1999)


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